Monotropism

Monotropismo Questionário Online

Fergus Murray

No ano passado,  por esta altura, partilhámos uma apresentação do Questionário sobre Monotropismo (QM). Depois disso, foi elaborado um artigo de jornal onde os resultados são apresentados. Este, apesar de ainda aguardar revisão por pares, encontra-se já disponível no servidor de pré-impressão OSF, juntamente com o próprio questionário, que foi disponibilizado sob uma licença Creative Commons BY-NC-SA.

Foi elaborada uma versão de autoavaliação do QM pelo desenvolvedor David Cary, após ter tido conhecimento do assunto no vídeo Sam✨AuDHD♾️PDA TikTok, que teve  mais de meio milhão de visualizações (este surgiu após a publicação da Dra. Joey Lawrence, que conta com 1,8 milhão de visualizações no momento desta redação). David criou a sua página com o QM por iniciativa própria, tendo feito algumas alterações em resposta às sugestões de algumas pessoas, entre as quais eu próprio. A maioria dos comentários a estes vídeos tem sido muito positiva, com muitas pessoas a referirem o quão claras e pertinentes as perguntas são, em comparação com as dos testes de autismo que fizeram; no entanto, algumas ficaram surpreendidas com a sua baixa pontuação, o que justifica mais investigação.

A Dra. Joey, uma psicóloga clínica australiana, afirmou: “Creio que esta é, provavelmente, a melhor avaliação do autismo” – um grande elogio, mas enganador; o QM não é, de facto, uma avaliação do autismo enquanto tal. O questionário foi concebido para avaliar o grau de monotropismo de uma pessoa e, embora o monotropismo tenha sido desenvolvido como uma teoria do autismo, é demasiado cedo para afirmar se todas as pessoas autistas são monotrópicas ou se todas as pessoas monotrópicas são autistas. Também não é totalmente claro como é que a PHDA se encaixa neste quadro.
Fiz um vídeo no TikTok sobre tudo isto (agora, também no Instagram):

O que sabemos até agora é que (na medida em que o QM está realmente a aferir o monotropismo) as pessoas autistas e as pessoas com PHDA tendem a ser significativamente mais monotrópicas do que a média. Também é justo dizer que nenhuma outra teoria do autismo fornece uma descrição mais abrangente das diferenças autistas, e que a teoria do Monotropismo tem ajudado muitas pessoas autistas a dar mais sentido às suas próprias experiências.

Ainda há muita investigação a ser feita sobre como aplicar o QM na prática, e o questionário em si merece ser testado e aperfeiçoado para garantir que não está demasiado inclinado para formas particulares de vivenciar o monotropismo. O facto de se dispor de uma forma de medir o monotropismo – mesmo que imperfeita – abre a porta à realização futura de todo o tipo de estudos relevantes sobre o mesmo.

Entretanto, é emocionante ver o quanto estas ideias ressoam nas pessoas. Aqui estão algumas das coisas que foram escritas em resposta…


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